Portugal pode vir a ser uma potência criadora de civilização, pela construção do 5º Império, do qual o Sebastianismo seria a sua encarnação – não seremos grandes em domínio territorial, mas em valores espirituais e materiais.
Deste modo, Fernando Pessoa sonha por uma Ordem Nova e com um Portugal salvo da mediocridade (poema 5º Império: “E assim, passados 4 tempos…/ que morreu D. Sebastião”). Desta forma, Pessoa adoptou, aprofundou e transformou o sebastianismo, unindo-o a outro mito – o do 5º Império, o qual se caracteriza pela crítica ao conformismo, pela apologia do sonho e pelo advento de uma nova era. Por outro lado, este mito, já antigamente profetizado nas trovas de Bandarra e nas quadras de Nostradamus, fundirá necessariamente os quatro Impérios anteriores acrescentando-lhes tudo o que esteja fora deles – criação de um império espiritual e cultural verdadeiramente mundial ou universal.
Este 5º Império será cultural, ou não será, e será português, isso significa que o nosso país desempenhará um papel importante na difusão dessa ideia que toda a obra pessoana proclama.
Em conclusão, a aceitação da morte de D. Sebastião leva a um novo ente salvador – Jesus Cristo – o qual assume num âmbito mais lato o papel de redentor da Humanidade. Desta maneira, o 5º Império seria um domínio de amor e harmonia na Terra.
Mónica Medeiros
quarta-feira, 5 de março de 2008
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